O dia amanhece muito gelado, assim como os últimos dias. Olhei pela janela da cozinha que dá de frente para avenida Marechal Deodoro e novamente o gelo está nos telhados. As ruas já não tem o mesmo movimento, as pessoas tem formato de bolas de lã e andam depressa. Ontem, antes de dormir a Jaque diz: 'Impossível imaginar as pessoas que dormem nas ruas, de como elas sobrevivem'. Inevitável aquele frio na espinha que vai até a consciência e responde no mesmo ato: 'Você já fez sua doação de agasalho? Se já fez, faça de novo, e de novo, e de novo...' Está na hora de visitar o guarda-roupa. E olha que ontem a noite eu vi num condominio uma caixa de papelão com a campanha de agasalho aqui da cidade. Era o primeiro aviso. Chegou a segunda-feira, hora de tirar a poeira sobre a mesa de trabalho. Boa semana!
27 de julho de 2009
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3 comentários:
Eu também me faço esta mesma pergunta sempre: como eles conseguem viver nas ruas sob sol, chuva ou frio. Não há privacidade, não há qualquer forma de conforto, não há comida esperando na geladeira, não há olhares de afeto antes de fechar os olhos. É o resultado de políticas públicas ineficientes e corruptas, apesar da alta carga tributária, gerando o fosso social e econômico. Triste!
Mesmo sabendo que não basta criticar o governo e toda aquela ladainha que a gente ouve de ter atitude e fazer algo pelo próximo, mesmo assim, eu coloco 90% de responsabilidade nas autoridades, porque nós contribuímos para as causas sociais. Se não há competência e responsabilidade, então parem de cobrar impostos e fiquem bem longe do governo.
É lastimável ver o nosso presidente brincando de chefe de estado. Brincadeira!
Cris, obrigado mais uma vez pelo comentário.
Beijos!
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